terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sobre 2011

Minha segunda casa nos meses finais do ano passado, mais do que o colégio e o pré vestibular, foi a biblioteca da minha cidade. Lá eu encontrava paz e apoio entre os assíduos frequentadores da seção de jornais e revistas além das conversar com os responsáveis pelo guarda volumes. Nunca soube o nome de nenhum deles mas tenho um carinho tão grande pela menina da manhã, com seus olhos enormes e seu gosto por animações em geral e unhas coloridas e horas conversando sobre meu malvado favorito e o menino dos cabelos pretos (que eu suspeito que seja irmão do meu colega de cursinho, pela semelhança física) que gosta de teatros e The Doors que antes de trabalhar na biblioteca trabalhou na maior livraria da minha cidade e leu hush hush porque eu queria saber se era bom. Veio dele o melhor conselho que eu recebi nos últimos dias.
A primeira vez que você vê alguém após o reveillon, se você for educado, pergunta como foi a virada dele. Depois de eu despejar todas as minhas agonias em relação à faculdade, amores e a dificuldade de planejar meu 2011 ele me disse "você não pode pensar assim, é bom ter um guia, um planejamento e métodos mas a vida é uma coisa tão caótica e incontrolável que se você manter desse jeito você surta". Saí de lá pensando no quanto ele está certo e que realmente não dá pra prever o futuro e guiar os meus dias. Então 2011, que você sejá caótico. Que seja como um furacão, que você seja bom.
E querido bibliotecário, eu nunca saberei o seu nome, mas eu sempre me lembrarei de você.

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